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Porto Murtinho (MS) – Um crime passional chocou os moradores da zona rural de Porto Murtinho na noite desta terça-feira (22), próximo à fronteira com o Paraguai. O pedreiro Adeildo Souza Oliveira, de 51 anos, foi brutalmente assassinado a golpes de faca após o marido de uma colega de trabalho descobrir que ele mantinha um relacionamento extraconjugal com sua esposa. O autor do crime, um homem de 35 anos que também trabalhava na mesma fazenda, foi preso horas depois em fuga.
Segundo informações apuradas pelo site Jardim MS News, o crime ocorreu no fim da tarde, quando o autor descobriu a traição e, após um acalorado desentendimento, atacou Adeildo com múltiplos golpes de faca dentro da propriedade rural. A vítima foi socorrida ainda com vida pelo Corpo de Bombeiros e encaminhada em estado crítico ao Hospital Darci João Bigaton, mas infelizmente não resistiu aos ferimentos.
Após o ataque, o suspeito fugiu do local utilizando o carro da esposa. A Polícia Militar de Alto Caracol foi acionada e conseguiu interceptá-lo por volta das 21h. Ele foi preso em flagrante e será transferido para a Delegacia da Polícia Civil de Porto Murtinho, que conduz as investigações. Até o momento, a identidade do acusado não foi divulgada pelas autoridades.
O corpo de Adeildo foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal) de Jardim, onde passou por necropsia antes de ser liberado para a família. A polícia trabalha com a hipótese de homicídio qualificado por motivo torpe, dada a natureza passional e violenta do crime.
Impacto e comoção na região
O assassinato repercutiu intensamente nas pequenas comunidades rurais da região. Adeildo era conhecido em Bonito pelo trabalho em diversas obras e pela convivência amistosa com colegas. O clima na fazenda, que emprega trabalhadores de diferentes municípios, ficou tenso após o ocorrido.
Especialistas em segurança pública apontam que crimes passionais, como este, continuam sendo comuns em regiões de menor densidade populacional, muitas vezes motivados por descontrole emocional, ciúmes extremos e ausência de mediação de conflitos.
As autoridades reforçam que nenhum tipo de violência é justificável e que situações de crise conjugal devem ser tratadas com diálogo ou apoio psicológico. Casos de homicídio por motivação passional frequentemente resultam em penas severas, com reclusão que pode ultrapassar 20 anos, especialmente quando há agravantes como premeditação e uso de arma branca.
O que acontece agora?
O suspeito segue à disposição da Justiça e deve passar por audiência de custódia nas próximas horas. A Polícia Civil deve ouvir testemunhas e aguarda os laudos periciais para concluir o inquérito.
A comunidade local lamenta mais um caso de violência que tira a vida de um trabalhador e reforça o apelo por políticas públicas de prevenção a crimes passionais.