Eleição Presidencial Bolívia: Novo Mandatário Rodrigo Paz Promete Descentralização e Parceria com EUA para Encarar Crise Econômica
A Bolívia testemunhou uma Eleição Presidencial Bolívia histórica, culminando na vitória de Rodrigo Paz. Com mais de 97% das atas apuradas, o Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) declarou a tendência irreversível, confirmando Paz como o novo presidente. O pleito marcou a primeira vez que o país recorreu a um segundo turno para escolher seu líder, um ineditismo que reflete a profunda transformação no cenário político boliviano.
O resultado representa uma virada significativa, notadamente pela derrota do Movimento ao Socialismo (MAS), de Evo Morales, logo no primeiro turno. Apesar de ter rompido com seu partido, Morales declarou apoio a Paz contra o adversário de segundo turno, Tuto Quiroga, embora tenha afirmado ter votado “por obrigação”.
O desafio de Paz, que toma posse em 8 de novembro, será vasto e imediato: enfrentar a grave crise econômica que assola o país. Durante sua campanha, o presidente eleito defendeu a descentralização do poder, buscando um crescimento robusto do setor privado, mas assegurando a manutenção dos programas sociais conquistados pela população.
Em seu primeiro discurso após a vitória na Eleição Presidencial Bolívia, em La Paz, Rodrigo Paz enfatizou a necessidade de união nacional. “Não é ele quem ganha ou perde, mas o país”, declarou, agradecendo ao rival Quiroga por reconhecer o resultado preliminar e estendendo a mão para “governar com todos os homens e mulheres que amam o país”.
Internacionalmente, Paz já sinaliza um realinhamento estratégico. Ele confirmou ter conversado com o subsecretário de Estado dos EUA, Christopher Landau, e ressaltou a importância da parceria. “Qualquer apoio, assistência ou cooperação necessária para manter uma estreita cooperação com um dos governos mais importantes do mundo fará parte das soluções a partir de 8 de novembro, para que a Bolívia não fique sem seus hidrocarbonetos, e eles, juntamente com outras nações, nos apoiam plenamente”, afirmou, indicando uma busca por apoio externo para estabilizar o setor de hidrocarbonetos e a economia.