Para realçar a valor do diagnóstico precoce e do tratamento adequado das doenças inflamatórias intestinais (DII), foi criada a campanha Maio Roxo, sendo 19 de maio o Dia Mundial das Doenças Inflamatórias Intestinais. De concórdia com a Sociedade Brasileira de Coloproctologia, elas levaram, nos últimos dez anos, a 170 milénio internações no SUS, um aumento de 61%.
A coloproctologista Mariane Savio, membro da Sociedade Brasileira de Coloproctologia, explica que essas doenças são a retocolite ulcerativa e a doença de Crohn. Ela aponta os impactos causados por elas:
“São doenças que, se não forem tratadas adequadamente, controladas, podem tirar a qualidade de vida do paciente, originar faltas ao trabalho e prejudicar muito esses pacientes e a família deles. Podem originar sintomas porquê dor abdominal, diarreia, sangramento nas fezes, perda de peso, fadiga, manifestações extraintestinais, porquê dores articulares, lesões na pele, lesões oftalmológicas, e impactam inclusive a saúde mental dos pacientes”.
A técnico também ressalta a valor do diagnóstico precoce. “A gente sabe que o tratamento precoce da doença, pelo menos nos primeiros dois anos de sintomas, reduz muito o risco do paciente vir a precisar de cirurgias, por exemplo, e melhora a resposta deles aos tratamentos”.
Os mecanismos que levam ao surgimento das doenças inflamatórias intestinais ainda não foram esclarecidos, mas sabe-se que elas são resultado de uma conjunção de fatores genéticos, ambientais e imunológicos. O fumo, por exemplo, é um fator que agrava essas enfermidades.
Manadeira: Rádio Escritório Nácional
