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O encontro, marcado pela expectativa de anúncio do novo relacionamento de Jhenifer, reuniu familiares e amigos no bairro, entre eles Josielle, prima de Jhenifer, e Daniel Antonio Francisco Ferreira, marido de Josielle. O grupo foi até uma adega local em busca de bebidas para comemorar, desconhecendo o perigo presente nos produtos adquiridos. Das quatro pessoas, apenas Josielle não consumiu o líquido suspeito — ela foi a única sobrevivente do episódio fatal.
Horas depois do churrasco, Jhenifer e Cleiton foram encontrados desacordados na residência da família. Jhenifer, ainda com sinais específicos, foi socorrido ao hospital, mas não resistiu e veio a óbito pouco depois. Cleiton já esteve sem vida ao ser atendido pelo Samu. Daniel, marido da prima de Jhenifer e amigo do casal, também foi vítima fatal e teve contaminação por metanol rapidamente divulgado pelas autoridades de saúde.
A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo confirmou que o caso integra um surto de intoxicação por metanol no estado, totalizando 44 casos notificados e nove mortes até o momento. Outros 14 casos permaneceram sob investigação. Entre as vítimas fatais, estão pessoas de diferentes regiões e profissões, como empresários, advogados, e jovens pais, demonstrando o alcance e a gravidade do problema.
O metanol é um composto químico altamente tóxico, usado principalmente na indústria, combustíveis e produtos de limpeza. Sua ingestão pode levar à cegueira, parada respiratória e morte. Somente laudos do Instituto Médico Legal confirmaram a presença de substâncias em quantidades letais no sangue das vítimas de Osasco, reforçando a necessidade de investigação rigorosa sobre a origem das bebidas adulteradas.
A Polícia Civil segue apurando o caso, em conjunto com a Vigilância Sanitária, para responsabilizar os envolvidos na distribuição dessas bebidas ilegais. O alerta das autoridades à população é para que somente bebidas de procedência e comprovada com selo fiscal sejam consumidas, visto o risco real do comércio clandestino.
A tragédia de Osasco escancarou o perigo invisível das bebidas adulteradas e causou enorme comoção na comunidade, onde uma família inteira foi desfeita em questão de horas por conta do descoberto de terceiros. O episódio reacende debates sobre fiscalização, educação e responsabilidade coletiva na luta contra o consumo e a venda de produtos clandestinos.






