Com 4 meses de atraso a LDO é aprovada pelo Congresso Nacional

Com 4 meses de atraso a LDO é aprovada pelo Congresso Nacional

Com atraso de quatro meses, o Congresso aprovou, nesta quinta-feira, a Lei de Diretrizes Orçamentárias, a LDO, que define parâmetros para elaboração e execução do orçamento federal de 2026.

A principal mudança no texto encaminhado pelo governo foi obrigar o pagamento de 65% das emendas parlamentares até o fim do primeiro semestre de 2026. Além disso, os órgãos federais terão 100 dias para analisar as propostas de emendas e planos de trabalho e para divulgar impedimentos técnicos.

Os deputados também retiraram a obrigatoriedade de aplicação de emendas em obras inacabadas e incluíram a possibilidade de uso de emendas da saúde para pagamento de folha de pessoal de prefeituras e de estados.

A proposta prevê que governo federal vai gastar menos do que estima arrecadar, com um superávit no orçamento de 0,25% do PIB, o que equivale a R$ 34 bilhões.

O relator da LDO, deputado Gervásio Maia, do PSB da Paraíba, destacou a necessidade de reduzir isenções fiscais a empresas, para garantir mais recursos para investimentos.

A LDO aprovada expande a prioridade de execução a 64 programas e 128 objetivos. Antes, apenas o Novo PAC e 27 objetivos do Plano Plurianual eram tratados como preferenciais.

O texto ainda inclui os fundos eleitoral e partidário entre as despesas que não podem ser contingenciadas, além da correção de valores pelo índice previsto no arcabouço fiscal.

Após a definição da LDO, o Congresso promete votar a Lei Orçamentária Anual, a LOA, que detalha as despesas e receitas públicas, na próxima semana. A Comissão Mista do Orçamento aprovou o relatório preliminar da LOA nessa quarta-feira.

Legalmente, a LOA tem que ser aprovada até o fim do ano, para já valer em janeiro do ano seguinte. A LOA de 2025 foi aprovada somente em março deste ano, o que obrigou o governo a limitar os gastos públicos no começo do ano.

Deputados e senadores também mantiveram o veto da presidência a trechos que modificam regras para limitar a concessão do BPC – o Benefício Previdenciário Contínuo – para pessoas com deficiência e definem critérios para reingresso no Bolsa Família. Os vetos do presidente ao ECA Digital também foram preservados.

O Congresso derrubou o veto presidencial a trechos da lei que prevê custeio de habilitação para condutores de baixa renda. Além disso, parlamentares também mantiveram uma lei que isenta a Embrapa de registrar pesquisas sem cobrança de taxas, derrubando outro veto do presidente Lula.


Fonte: Agência Brasil