Variante “super gripe” atinge bebê e idosos em Campo Grande, Nioaque e Ponta Porã; proximidade com óbito sob investigação na Bolívia acende sinal de alerta nas fronteiras.
Mato Grosso do Sul tornou-se o epicentro de uma nova preocupação para a saúde pública nacional. Dos quatro casos confirmados no Brasil da variante K do vírus Influenza A (H3N2) popularmente apelidada de “Gripe K” ou “super gripe” três foram registrados em solo sul-mato-grossense. A concentração dos casos no estado coloca as autoridades sanitárias em regime de atenção máxima, especialmente pela gravidade do perfil dos pacientes atingidos.
Segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES), as vítimas confirmadas laboratorialmente incluem um bebê de apenas cinco meses e dois idosos, com idades de 73 e 77 anos. A identificação do subclado K ocorreu em pacientes das cidades de Campo Grande, Nioaque e Ponta Porã. A confirmação laboratorial descarta qualquer hipótese de “caso suspeito”, tratando-se de uma realidade epidemiológica já instalada no estado.
Ameaça Transfronteiriça e Inércia Governamental
A situação ganha contornos ainda mais dramáticos devido à posição geográfica de Mato Grosso do Sul. Enquanto o estado lida com a propagação interna, a Bolívia, país que faz fronteira seca com MS, já investiga uma morte possivelmente causada pela mesma variante.
A presença de uma “super gripe” que atinge os grupos mais vulneráveis (crianças e idosos) exige mais do que notas técnicas; exige ações concretas de fiscalização e bloqueio sanitário nas fronteiras e aeroportos. A rapidez com que o vírus se manifestou em três municípios distintos sugere uma circulação ativa que demanda transparência total por parte dos gestores públicos. O momento exige que as autoridades estaduais e federais não apenas monitorem os dados, mas que reforcem imediatamente as campanhas de vacinação e a infraestrutura hospitalar, sob o risco de vermos o sistema de saúde sobrecarregado por uma variante de alta transmissibilidade.
A população aguarda respostas sobre os protocolos de contenção, especialmente nas cidades fronteiriças, onde o trânsito de pessoas é intenso e o risco de importação de casos mais graves, como o investigado em território boliviano, é uma ameaça real e imediata.
Foto: Portal VC Online






