O número de postos de trabalho na indústria da construção social chegou a 2,5 milhões de pessoas em 2023, um aumento de 29% em relação a 2019, último ano antes da pandemia de covid-19. É o que aponta a Pesquisa Anual da Indústria da Construção, divulgada nesta quinta-feira (22), pelo IBGE. 
O pesquisador do Instituto, Marcelo Miranda, traz mais detalhes do levantamento.
“A gente percebeu que o setor da construção, uma vez que um todo, foi um setor que não teve perdas em termos de pessoal ocupado ao longo dos anos pós-pandemia. Portanto, a gente teve aí uma sequencia crescente de aumento de pessoal ocupado, atingindo 2,5 milhões de pessoas ocupadas em 2023”.
Já a média dos salários dos trabalhadores da construção social recuou 22% em uma dezena. Calculada em salários-mínimos, a média caiu de 2,7 salários em 2014 para 2,1 salários em 2023. Marcelo Miranda explica a perda de rendimentos.
“Muito impulsionado pela perda de salário médio do seguimento de obras e infraestrutura que tinha, lá em 2014, 3,7 salários mínimos por pessoa, mensal. Esse foi o mais valor da série histórica, em 2014, e a gente vê uma perda desse salário pago ao longo dos anos, chegando a 2,6 salários em 2023”.
Apesar dessa perda, o segmento de obras de infraestrutura, que inclui construções de rodovias, ferrovias e estruturas de chuva, esgoto e eletricidade, permanece com os maiores salários.
Os segmentos de construção de edifícios e de serviços especializados, que incluem aprimoramento, demolições e instalações elétricas, por exemplo, também tiveram quedas, no entanto, mais moderadas.
Em 2023, a indústria da construção movimentou R$ 484 bilhões. O segmento “construção de edifícios” foi preponderante em 14 das 27 unidades da federação. Nas 13 demais unidades, o destaque foi o segmento de “obras de infraestrutura”.
* Com informações da Dependência Brasil
Manancial: Rádio Dependência Nácional
