O Paço do Frevo, espaço devotado à espalhamento, pesquisa, lazer e formação dessa sintoma cultural, que fica na Rossio do Arsenal em Recife, reabre sua principal exposição de longa duração, hoje (29), com novas atrações.
A repaginação da mostra “Frevo Vivo”, que foi inaugurada originalmente junto com o Paço do Frevo há mais de 10 anos, está instalada no terceiro andejar do multíplice cultural e será reaberta logo mais às 19h. O Quinteto Pernambucano e a Orquestra do Maestro Oséas farão a trilha sonora carnavalesca para o público em pleno mês de junho, tudo sob a benção do llê Axé Oju Omi.
A experiência de lazer e ensino para os visitantes terá o base da tecnologia para que ela se torne também sensorial. Agora será provável interagir com a dança e a música em salas imersivas; projeções coreografadas, instrumentos interativos, imagens que ao serem vistas de diferentes ângulos, parecem mudar ou se movimentar, criando uma ilusão de profundidade ou movimento e instalações audiovisuais são alguns recursos para que o museu passe a ser ainda mais um espaço de vivência, além de abrigo da memória do frevo. Um dos destaques é a instalação audiovisual “Ruas”, em que dez personalidades ligadas ao movimento compartilham referências e memórias ligadas ao Carnaval.
Luiz Vinícius Maciel, pesquisador no Paço do Frevo que coordenou a curadoria e pesquisa, destaca que o fazer atual dos grupos de frevo também terá destaque na exposição.
“Os conteúdos fundamentais que a gente quis trabalhar cá em cima, tem a ver com um retrato do Frevo de agora, porquê é que ele acontece hoje, né, nos últimos anos e agora em 2025. Logo não é uma exposição que vai falar muito sobre história do Frevo, sobre o pretérito do Frevo, mas sim o retrato dele no agora. São os territórios do Frevo, ou seja, porquê ele acontece nas periferias do Recife, as periferias de Olinda, pelo estado de Pernambuco, em outras capitais do Brasil e lugares do mundo”.
Registros da expansão do frevo para outros locais do Brasil e do mundo também estão presentes na exposição, porquê o quadro que mostra a margem potiguar Frevo do Xico, em plena atividade carnavalesca no Rio Grande do Setentrião.
Já os estandartes e flabelos dos clubes e troças que ficavam na Rossio do Frevo agora estarão em vitrines e também no elevado da sala de exposição.
O Frevo é reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Pátrio porquê patrimônio cultural e impalpável brasílico desde 2007 e pela UNESCO porquê Patrimônio Intáctil da Humanidade desde 2012.
Natividade: Rádio Dependência Nácional