Automedicação mata 20 milénio pessoas por ano no Brasil

Automedicação mata 20 mil pessoas por ano no Brasil

O Brasil registra muro de 20 milénio mortes por ano devido à automedicação, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas (Abifarma). Considerada pela Dependência Pátrio de Vigilância Sanitária (Anvisa) um problema de saúde pública, a automedicação também pode provocar danos irreversíveis aos órgãos. No cérebro, o uso indiscriminado de medicamentos pode prejudicar a rede executiva meão, afetando o foco, o planejamento e a tomada de decisões, além de provocar obediência, uma vez que atesta a neurocientista Emily Pires.

“Muitas vezes que a gente toma o medicamento, mesmo que sem querer mudar muito o cérebro, ele já gera essa obediência, principalmente se já estiver ligado a um contexto traumático. Portanto, quando você está muito estressado e toma o medicamento, mesmo que inocentemente, saiba que essa superfície hipofrontal é afetada, dificultando você trespassar desse medicamento”.

A boa notícia é que o cérebro tem subida capacidade de fabricar novas conexões e retomar funções perdidas. No entanto, esse processo exige tempo, disciplina e intervenções adequadas. Emily Pires enumera hábitos que podem contribuir para um cérebro mais saudável e menos dependente de remédios.

“Trabalhar os padrões de sono. O sono é superimportante para o cérebro, porque ele faz uma faxina quando a gente dorme, eliminando substâncias que são tóxicas. Também é importante estimular o cérebro com atividade física, psicoterapia, nutrição adequada e neuromodulação, que trabalha o cérebro sem ajuda de medicamento”.

A neurocientista ainda acrescenta que, neurobiologicamente, não há grandes diferenças entre o vício em medicamentos e em drogas ilícitas, e que automedicar-se é expor o cérebro a desequilíbrios neuroquímicos sem controle galeno.


Manadeira: Dependência Brasil