A defesa do tenente-coronel Mauro Cid deve entregar hoje as alegações finais na ação penal sobre a tentativa de golpe de estado.
As alegações finais são a última fase do processo, depois da instrução, quando são ouvidas testemunhas e levantadas mais provas, e antes da sentença. É a oportunidade final para as partes envolvidas apresentarem os últimos argumentos no julgamento.
O prazo de Mauro Cid termina 15 dias após a entrega das alegações pelo Ministério Público Federal, que faz a acusação, o que já aconteceu no dia 14 deste mês.
O MP pediu a condenação de Cid por organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
No documento, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu que os benefícios da delação premiada sejam limitados, com a redução de um terço da pena. Isso porque, durante a investigação, o militar teria omitido fatos e prestado informações superficiais sobre a própria atuação no esquema, além de ter um comportamento duvidoso.
Como Mauro Cid fez colaboração premiada, é o primeiro dos réus a apresentar as alegações. Os outros réus do núcleo 1 vão ter 15 dias, após ele.
Além de Cid, estão nesse grupo o ex-presidente Jair Bolsonaro; o general Braga Netto, ex-ministro e vice na chapa de Bolsonaro em 2022; Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin; Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; Augusto Heleno, ex-ministro do GSI; e Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa. A PGR pediu a condenação de todos.
Fonte: Rádio Agência Nácional