Para a polícia, Victória pode não ter sido morta no local em que foi encontrada
A manhã desta segunda-feira (11) começou marcada por um cenário de violência e mistério em Corumbá. Por volta das primeiras horas do dia, moradores que passavam pela rua Ceará, próximo ao cruzamento com a Sete de Setembro e nas imediações do anel viário, se depararam com o corpo de uma mulher em meio a um matagal. Assustados, acionaram imediatamente a Polícia Militar, que isolou a área até a chegada das equipes da Polícia Civil e da perícia.
A vítima foi identificada como Victória Roberta de Miranda Rodrigues, de apenas 21 anos. Natural de Corumbá, mas com último endereço registrado em Campo Grande, Victória teve sua identidade confirmada após reconhecimento feito por um parente no Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL).
O delegado responsável pelo caso, Guilherme Oliveira Pena, confirmou a identificação e afirmou que as investigações agora se concentram na autoria e motivação do crime. “Já sabemos quem é a vítima. Agora, nosso trabalho é entender o que aconteceu, localizar os envolvidos e esclarecer as circunstâncias desse homicídio brutal”, declarou ao Diário Corumbaense.
Detalhes da cena do crime
Victória apresentava diversas perfurações pelo corpo, especialmente na região do pescoço, sugerindo esfaqueamento. Ela também tinha um saco amarrado às pernas e uma marca visível na cabeça, cuja causa ainda está sendo analisada — podendo ser resultado de impacto ou de outra agressão com arma branca.
Vestindo casaco e calça preta, a jovem foi encontrada próxima a uma pedra de tamanho médio, que também será examinada para verificar se teve relação com o crime. A Polícia não descarta a hipótese de que a vítima tenha sido morta em outro local e posteriormente deixada no matagal.
Trabalho pericial e investigação
Peritos da Polícia Científica realizaram levantamentos minuciosos na área, coletando possíveis evidências como amostras biológicas e impressões. O corpo foi encaminhado ao IMOL, onde passará por exame necroscópico para determinar a causa exata da morte e estimar o horário do crime.
A Polícia Civil trabalha com várias linhas investigativas e, por enquanto, mantém os detalhes sob sigilo para não comprometer o andamento do inquérito. Buscas por câmeras de segurança da região e depoimentos de testemunhas já foram iniciadas.
Repercussão
O crime causou forte comoção entre familiares, amigos e moradores. O caso reforça o sentimento de insegurança na cidade e reacende debates sobre a violência urbana e a vulnerabilidade de jovens mulheres. Organizações locais de defesa dos direitos das mulheres manifestaram pesar e cobraram celeridade na investigação.
A Polícia Civil reforça o pedido para que qualquer pessoa com informações que possam ajudar na elucidação do crime entre em contato de forma anônima pelos canais oficiais.
Leonardo Cabral em 11 de Agosto de 2025