Condutores de ambulância do SAMU relatam transtornos e falta de sensatez de agentes de segurança pública que bloqueiam acesso vital do setor de emergência.
Um problema recorrente na porta do setor de emergência do Pronto-Socorro Municipal de Corumbá (PS), localizado no cruzamento da América com a 7 de Setembro, está causando sérios transtornos e revolta entre os profissionais de saúde, especialmente os motoristas de ambulância do SAMU. A reclamação, enviada por um suposto motorista de ambulância ao programa Sala de Notícias, aponta para o estacionamento indevido e frequente de viaturas da Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Penal nas rampas de acesso e saída do PS.
O relato de um suposto motorista de ambulância, enviado a um veículo de comunicação local, descreve o cenário:
“A gente anda tendo muito problema de viaturas da Polícia Federal, da Polícia Penal, Rodoviária, que parem de qualquer jeito as viaturas deles na entrada, no acesso, na saída da rampa do PS.”
Segundo ele, essa prática atrapalha o trabalho, pois o local é um ponto “sagrado” para a rápida movimentação em situações de urgência e emergência. O denunciante mencionou que, em uma das ocasiões, uma viatura da PF foi fotografada em local impróprio, forçando o motorista da ambulância a realizar uma manobra difícil para conseguir sair.
A situação é agravada pela falta de bom senso e, em alguns casos, pela postura “ignorante” dos agentes quando abordados. O motorista do SAMU relatou que, ao solicitar a remoção do veículo, alguns agentes agem com arrogância, invocando a sua função como prerrogativa para o desrespeito às regras.
O comentário do radialista Joel de Souza que recebeu o áudio reforça a crítica, sublinhando que, mesmo que os policiais estejam em missão dentro do hospital (como no acompanhamento de presos que ingeriram entorpecentes), há espaço adequado para estacionar sem bloquear a rampa. Ele diferencia o estacionamento indevido de situações reais de emergência, onde viaturas em missão (com giroflex ligado) podem usar prerrogativas como trafegar na contramão entre outras coisas. No entanto, o ato de simplesmente estacionar em uma saída vital de emergência é classificado como “falta de bom senso” e “coerência”. A matéria faz um apelo às superintendências das forças de segurança para que orientem seus agentes a respeitar o espaço essencial do Pronto-Socorro.