O vice-presidente Geraldo Alckmin, que lidera as negociações com os Estados Unidos sobre o tarifaço de 50% anunciado para os produtos brasileiros, se reuniu, nesta terça-feira (29), em Brasília, com as grandes empresas de tecnologia estadunidenses, as chamadas big techs. O setor foi citado pelo presidente norte-americano, Donald Trump, na carta em que informou sobre a taxação ao Brasil, alegando que havia multas milionárias e a expulsão das empresas do mercado brasileiro.
Geraldo Alckmin disse que o governo recebeu as demandas do setor:
“Nós estamos propondo uma mesa de trabalho, onde a gente vai verificar […]: um, ambiente regulatório; dois, inovação tecnológica; três, oportunidade econômica; e quatro, segurança jurídica. Falando em oportunidade econômica, o Brasil vai ser o campeão de data center. Nós temos a energia mais barata, energia renovável e segurança jurídica. Repetir o que o presidente Lula tem dito: o Brasil tem estabilidade, previsibilidade e segurança jurídica.”
O vice-presidente, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, afirmou que um possível plano de contingência do governo para proteger os exportadores brasileiros só será definido se a taxação prevalecer. Alckmin disse ainda que o governo brasileiro vem trabalhando para reduzir as alíquotas definidas pelos Estados Unidos para todos os produtos brasileiros:
“Nós estamos trabalhando para que a diminuição da alíquota seja para todos, todos. Não tem justificativa você ter uma lista de 50% para um país que é um grande comprador de você. Você tem uma balança comercial superavitária, e continua. De janeiro a junho, a nossa exportação para os Estados Unidos cresceu 4,8%. A dos Estados Unidos para nós cresceu quase 12%. Então, nós queremos uma redução tarifária para todos.”
O vice-presidente também se reuniu com o governador do Ceará, Elmano de Freitas, e com exportadores do estado, além de representantes da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro.
Fonte: Rádio Agência Nácional