O ex-presidente Jair Bolsonaro negou que tenha planejado um golpe de estado, depois ser derrotado nas eleições de 2022. Em prova ao Supremo Tribunal Federalista, na tarde desta terça-feira, na ação em que é réu pela trama golpista, Bolsonaro alegou que ele e os ministros do governo dele nunca pensaram em fazer zero fora da constituição.
Segundo o ex-presidente, as medidas que discutiu com integrantes do governo seriam uma resposta ao Tribunal Superior Eleitoral, que não teria aceitado uma ação do seu partido, o PL, contra os resultados das eleições e ainda aplicado uma multa de R$ 22 milhões. Bolsonaro negou ter enxugado o texto da chamada minuta do golpe.
Nessa segunda-feira, também em prova ao STF, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, que fez uma colaboração premiada, afirmou que o ex-presidente teria editado a minuta de golpe e apresentado aos comandantes militares Bolsonaro respondeu ao ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, se estava prevista a prisão de autoridades.
Jair Bolsonaro ainda culpou o próprio legisperito pelo vestuário de a Polícia Federalista ter encontrado uma imitação de um decreto golpista no gabinete dele na sede do PL.
Sobre os frequentes questionamentos ao sistema eleitoral brasílio, que nunca foram comprovados, Bolsonaro atribuiu a sua retórica, sua narrativa, sobre os fatos. E voltou a expor que o sistema eleitoral brasílio precisa ser aperfeiçoado. O ex-presidente afirmou que não tinha zero que provasse qualquer fraude nas eleições e pediu desculpas pelas acusações aos ministros.
Jair Bolsonaro ainda negou que tenha interferido no relatório do Tropa sobre a segurança das urnas, vestuário que havia sido confirmado por Mauro Cid. Mas o ex-presidente disse que o documento atendeu as suas demandas.
O ex-presidente também disse que não teve conhecimento da ação da Polícia Rodoviária Federalista para impedir o trânsito de eleitores, principalmente no Nordeste.
Bolsonaro ainda confirmou que encontrou a deputada Carla Zambelli e o hacker Walter Delgati para discutir a segurança das urnas eletrônicas, mas que não sentiu crédito e orientou que ambos tratassem com o Ministério da Resguardo.
PERGUNTA:
O general Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Resguardo, também foi interrogado nesta tarde. Ele negou ter discutido um decreto de golpe com Bolsonaro e os comandantes das forças.
Mas disse que o ex-presidente apresentou uma série de intenções de medidas de mediação, que foram descartadas pelas lideranças militares.
Paulo Sérgio ainda pediu desculpas ao ministro Alexandre de Moraes pelos ataques que ele, porquê ministro, fez contra o TSE e o sistema eleitoral. Ele ainda disse que Bolsonaro não influenciou a realização do relatório das Forças Armadas sobre a segurança das urnas.
Neste momento, o general Walter Braga Netto está sendo ouvido, por videoconferência, já que está recluso no Rio de Janeiro.
Manadeira: Rádio Sucursal Nácional






