Pacientes a partir dos 14 anos de idade agora podem fazer cirurgia bariátrica nos casos de obesidade grave associada a complicações clínicas. O CFM (Parecer Federalista de Medicina) publicou nesta terça-feira (20) mudanças nas regras e procedimentos para a realização de cirurgias bariátricas em adultos e adolescentes.
A entidade passou a reconhecer a realização do procedimento, desde que o IMC (Índice de Tamanho Corpórea) seja maior que 40, com avaliação de equipe multidisciplinar e consentimento dos responsáveis. Pela solução anterior, pacientes menores de 16 anos só poderiam fazer a cirurgia em caráter experimental e de concordância com as normas dos Comitês de Moral em Pesquisa e da Percentagem Pátrio de Moral em Pesquisa.
O presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, Juliano Canavarros, avalia que essa ampliação nos pacientes elegíveis para a cirurgia na verdade é muito restrita. “São pra pacientes muito especiais. Tem que estar com a obesidade muito grave e ter autorização de pediatras que acompanham esse paciente. Será para situações muito específicas. Não podemos generalizar com esses pacientes menores”, diz.
Os pacientes com IMC entre 30 e 35 poderão fazer a cirurgia desde que tenham diabetes tipo 2, doença cardiovascular grave, doença renal crônica precoce em decorrência do diabetes tipo 2, apneia do sono grave, doença gordurosa hepática não alcoólica com fibrose, afecções com indicação de transplante, refluxo gastroesofágico com indicação cirúrgica ou osteoartrose grave. Não existe mais tempo mínimo de convívio com a doença.
O profissional enfatiza que a maior flexibilidade nas regras para a cirurgia bariátrica não pressupõe uma banalização e alerta para a preço de se ter o aval de um profissional qualificado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica: “Na verdade a cirurgia nunca foi, na minha opinião, banalizada. É uma cirurgia que deve ser indicada de maneira precisa. Pra isso, precisa recorrer a qualquer cirurgião da sociedade, que já faz esse pré-filtro, ofertando pra ela profissionais que vão saber indicar o procedimento de maneira técnica, moral”, completa.
A Solução também contraindica cirurgias uma vez que a orquestra gástrica ajustável e a cirurgia de Scopinaro, antes permitidas. Segundo o CFM, esses procedimentos apresentaram resultados insatisfatórios e cumeeira percentual de complicações graves. Entre os procedimentos recomendados pelo Parecer estão: balão intragástrico, gastroplastia endoscópica e as técnicas minimamente invasivas.
Manancial: Rádio Escritório Nácional