Churrasco em família termina em tragédia: três mortos por intoxicação de metanol em Osasco

O que deveria ser uma ocasião alegre para apresentar o novo namorado à família acabou em um episódio devastador em Osasco, na Grande São Paulo. Um churrasco realizado no início de setembro culminou na morte de três pessoas da mesma família, vítimas de intoxicação por metanol apresentadas em bebidas alcoólicas adulteradas. Entre as vítimas estão Jhenifer Carolina dos Santos Gomes, de 27 anos, mãe de dois filhos pequenos, e seu namorado Cleiton da Silva Conrado, de 25 anos
Foto Divulgação

O encontro, marcado pela expectativa de anúncio do novo relacionamento de Jhenifer, reuniu familiares e amigos no bairro, entre eles Josielle, prima de Jhenifer, e Daniel Antonio Francisco Ferreira, marido de Josielle. O grupo foi até uma adega local em busca de bebidas para comemorar, desconhecendo o perigo presente nos produtos adquiridos. Das quatro pessoas, apenas Josielle não consumiu o líquido suspeito — ela foi a única sobrevivente do episódio fatal.

Horas depois do churrasco, Jhenifer e Cleiton foram encontrados desacordados na residência da família. Jhenifer, ainda com sinais específicos, foi socorrido ao hospital, mas não resistiu e veio a óbito pouco depois. Cleiton já esteve sem vida ao ser atendido pelo Samu. Daniel, marido da prima de Jhenifer e amigo do casal, também foi vítima fatal e teve contaminação por metanol rapidamente divulgado pelas autoridades de saúde.

A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo confirmou que o caso integra um surto de intoxicação por metanol no estado, totalizando 44 casos notificados e nove mortes até o momento. Outros 14 casos permaneceram sob investigação. Entre as vítimas fatais, estão pessoas de diferentes regiões e profissões, como empresários, advogados, e jovens pais, demonstrando o alcance e a gravidade do problema.

O metanol é um composto químico altamente tóxico, usado principalmente na indústria, combustíveis e produtos de limpeza. Sua ingestão pode levar à cegueira, parada respiratória e morte. Somente laudos do Instituto Médico Legal confirmaram a presença de substâncias em quantidades letais no sangue das vítimas de Osasco, reforçando a necessidade de investigação rigorosa sobre a origem das bebidas adulteradas.

A Polícia Civil segue apurando o caso, em conjunto com a Vigilância Sanitária, para responsabilizar os envolvidos na distribuição dessas bebidas ilegais. O alerta das autoridades à população é para que somente bebidas de procedência e comprovada com selo fiscal sejam consumidas, visto o risco real do comércio clandestino.

A tragédia de Osasco escancarou o perigo invisível das bebidas adulteradas e causou enorme comoção na comunidade, onde uma família inteira foi desfeita em questão de horas por conta do descoberto de terceiros. O episódio reacende debates sobre fiscalização, educação e responsabilidade coletiva na luta contra o consumo e a venda de produtos clandestinos.

Fonte: Por PH em 26/10/2025 às 16:27:41