Fim Definitivo (Por Enquanto): Brasil Confirma que Não Terá Horário de Verão em 2025

O Ministério de Minas e Energia (MME) confirmou oficialmente que o Horário de Verão não será implementado no Brasil em 2025, mantendo a suspensão da medida que ocorreu em 2019. O esclarecimento foi emitido para desmentir boatos e reforça que a decisão é baseada em estudos técnicos que comprovaram a perda de eficácia da prática na economia de energia. A mudança nos padrões de consumo, especialmente o aumento no uso de ar-condicionado nas tardes, alterou o perfil de demanda energética, tornando a mudança de horário inócua. O MME, através do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), continuará avaliando periodicamente a viabilidade de uma eventual retomada, mas, por ora, a rotina brasileira segue inalterada.

Ministério de Minas e Energia Desmente Rumores e Reforça Decisão de 2019 Baseada na Perda de Eficácia na Economia de Energia

O Horário de Verão não será retomado no Brasil neste ano de 2025. O Ministério de Minas e Energia (MME) confirmou a informação em comunicado oficial divulgado na última sexta-feira, dia 3 de outubro, no site do Governo Federal. O esclarecimento veio a público para desmentir uma onda de rumores que circulava sobre o possível retorno da medida, que está suspensa há seis anos.

A prática, que consistia em adiantar os relógios em uma hora em parte do território nacional, foi descontinuada em 2019 e, desde então, não há planos imediatos para seu retorno. A decisão é amparada por estudos técnicos que demonstraram a perda de eficácia da medida na principal meta que a justificava: a economia de energia elétrica.

A Razão Técnica por Trás da Suspensão

A suspensão do Horário de Verão em 2019 não foi uma medida política ou meramente popular, mas sim uma resposta a uma profunda transformação no perfil de consumo de energia do brasileiro. Por décadas, a prática foi adotada com sucesso para aproveitar a luz natural do final da tarde, reduzindo a demanda por eletricidade nos horários de pico, especialmente no início da noite.

No entanto, as análises conduzidas antes da suspensão definitiva revelaram que esse benefício havia se dissipado. O principal fator determinante foi o aumento exponencial no uso de aparelhos de refrigeração, sobretudo os condicionadores de ar, durante as tardes mais quentes.

Com o crescimento da renda, a melhoria das condições de vida e o aumento da sensação térmica em várias regiões do país, o uso massivo do ar-condicionado nas horas mais quentes do dia (que coincidem com o final da tarde no Horário de Verão) fez com que o consumo de energia se elevasse justamente no período que a mudança de horário deveria desafogar. Em outras palavras, o novo pico de consumo migrou para o meio da tarde, neutralizando ou, em alguns casos, superando a economia obtida no período noturno.

Os estudos do MME concluíram que, em termos práticos, a alteração nos ponteiros já não representava uma economia energética relevante e, por vezes, causava mais transtornos logísticos e sociais do que benefícios.

Monitoramento Contínuo e Futuras Avaliações

Embora o Ministério de Minas e Energia tenha sido categórico ao afirmar que não haverá Horário de Verão em 2025, a pasta ressaltou que a avaliação da viabilidade da medida é um processo contínuo.

O responsável por conduzir essas análises é o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). Este Comitê tem a função de acompanhar as condições de suprimento e o fornecimento de energia no Brasil, avaliando periodicamente se as condições do sistema elétrico ou os padrões de consumo da população justificariam uma eventual retomada da prática.

Portanto, a não adoção do Horário de Verão neste ano não é um encerramento definitivo da discussão, mas sim o reflexo de que, no cenário atual e com a matriz energética e o perfil de consumo que o Brasil apresenta, a medida continua sendo considerada ineficaz para os seus objetivos primários de economia e otimização da demanda energética.

A manutenção da decisão visa garantir a segurança operacional do Sistema Interligado Nacional (SIN) e evitar a introdução de uma alteração na rotina de milhões de brasileiros sem um benefício técnico comprovado que a sustente.

Informações de: Joel de Souza