Fim dos Subsídios: Bolívia Unifica Preço dos Combustíveis e Muda Estratégia para Salvar Economia!

Governo Anuncia Preços de Bs 6,96 para Gasolina e Bs 9,80 para Diesel Sem Exceções; Nova Meta é Importar Petróleo Bruto para Baratear Produção

Mudança Estrutural no Preço dos Combustíveis Impacta a Bolívia

Em um anúncio que promete transformar a dinâmica econômica do país, o Ministro da Economia e Finanças Públicas da Bolívia, José Gabriel Espinoza, confirmou que o governo encerrou a política de preços diferenciados por setor. A partir de agora, o preço dos combustíveis será unificado em todo o território nacional, aplicando-se de forma igualitária tanto para o transporte público quanto para o privado e demais setores produtivos.

Em entrevista à rede UNITEL, o ministro foi enfático: “O preço é o mesmo para todos os setores; não há preços diferenciados por faixa ou categoria”. Com a nova medida, em qualquer posto de serviço do país, o litro do diesel passa a custar Bs 9,80, enquanto a gasolina é vendida a Bs 6,96.

A decisão marca o fim de um sistema de subsídios que o governo classificou como gerador de “incentivos perversos”. Embora planos anteriores sugerissem uma retirada gradual com benefícios para o transporte público, o governo atual optou pela aplicação imediata da tarifa cheia. O reflexo no cotidiano já é visível: em La Paz, as tarifas de transporte privado saltaram de Bs 2,40 para Bs 5 após o ajuste no preço dos combustíveis.

Do Refinado ao Bruto: A Nova Estratégia Energética

Além do ajuste nas bombas, a Bolívia prepara uma virada estratégica em sua balança comercial energética. O ministro anunciou que o país deixará de importar gasolina e diesel prontos para consumo e passará a importar petróleo bruto.

“Poderemos refinar o petróleo no país. Infelizmente, nossas refinarias estão equipadas apenas para processar petróleo bruto que gera gasolina, mas isso nos permitirá manter o preço dos combustíveis nos níveis estabelecidos e garantir que a gasolina fique ligeiramente abaixo do diesel”, explicou Espinoza. Atualmente, a Bolívia produz apenas 40% da sua demanda interna de gasolina, e a migração para a importação de óleo bruto é vista como a ferramenta para regular o mercado de forma estrutural e reduzir a dependência de produtos refinados estrangeiros, que possuem custos mais elevados.

Fonte: |Unitel Digital