O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou, nessa semana, a previsão de crescimento global e aponta que a economia terá um desempenho mais forte no segundo semestre de 2025. 
O relatório publicado nesta terça-feira, 29, prevê taxas de crescimento de 3% para este ano e de 3,1% para 2026. Um aumento de 0,2 ponto percentual se comparado ao estimado no mês de abril. No entanto, essas projeções estão abaixo do alcançado no ano passado e da média pré-pandemia, de 3,7%.
No caso brasileiro, a revisão para cima foi um pouco maior que a média mundial e para o continente latino-americano. O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê 2,3% este ano, 0,3 ponto percentual a mais que o projetado em abril.
De acordo com o economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas, o desempenho global está mais forte que o esperado, por causa das tarifas aplicadas pelos Estados Unidos serem mais baixas do que as anunciadas em abril. Outro fator é o dólar mais fraco.
Já a inflação global segue caindo para 4,2% este ano, com uma previsão de 3,6% em 2026. Destaque para a inflação nos Estados Unidos, que deve permanecer acima da meta.
Segundo o economista-chefe do FMI, as atuais tensões comerciais estão prejudicando a economia global, mas as negociações comerciais podem aumentar a produtividade a longo prazo.
O FMI aconselha reduzir as incertezas com regras claras e transparência, e que os bancos centrais preservem a independência.
O relatório ainda projeta que diversas economias, incluindo Brasil e Estados Unidos, podem apresentar déficits fiscais por causa da dívida pública.
Fonte: Rádio Agência Nácional