O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, nesta segunda-feira (30), que o governo vai combater os chamados “jabutis” – benefícios incluídos na legislação que favorecem grupos específicos, especialmente empresários. A declaração foi feita durante evento no Palácio do Planalto.
Segundo o ministro, quando um “jabuti” entra na legislação, ninguém gosta de assumir a autoria e, quando o governo tenta retirá-los, a medida acaba sendo interpretada como aumento de impostos:
“Cada vez que a gente sequestra esse jabuti, tira ele da árvore e remove do ordenamento político, tem a grita do andar de cima de que há aumento de imposto. Não. Isso não é aumento de imposto. Isso é ter um mínimo de respeito com o trabalhador que paga suas contas com o Estado em dia”.
Haddad também saiu em defesa do presidente Lula, rebatendo críticas sobre o aumento de impostos. Ele lembrou que, no governo anterior, a tabela do Imposto de Renda ficou congelada, mesmo com o avanço da inflação. Agora, com aval do Congresso, o governo vai isentar quem ganha até dois salários mínimos, o que equivale a R$ 3 mil por mês, contra os R$ 1,9 mil do governo Bolsonaro.
“São dez milhões de brasileiros que pararam, deixaram de pagar Imposto de Renda, já. E se o seu projeto for aprovado este ano, serão mais dez milhões de brasileiros que vão deixar de pagar imposto e outros cinco que ganham entre R$ 5 mil e R$ 7 mil por mês que vão pagar menos”, destacou Haddad.
A fala do ministro ocorreu durante o lançamento do novo Plano Safra da Agricultura Familiar, que prevê R$ 89 bilhões em investimentos para o período 2025/2026.
Fonte: Rádio Agência Nácional