Haddad destaca plano de contingência contra tarifaço norte-americano

Haddad acredita que há interesse dos EUA em discutir tarifaço

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou, nesta terça-feira (29), que o plano de contingência elaborado pela equipe econômica do governo federal contra o tarifaço dos Estados Unidos inclui a reformulação de programas de exportação direcionados a pequenas, médias e grandes empresas, além da diversificação das parcerias comerciais.

Segundo Haddad, em entrevista à CNN Brasil, o presidente Lula determinou aos ministérios da Fazenda, das Relações Exteriores, do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e à Casa Civil a elaboração de um pacote de ações com diversos cenários e medidas possíveis de serem adotadas no curto, no médio e no longo prazo. Também se discute o socorro às empresas mais afetadas pelo tarifaço imposto pelos Estados Unidos, com a criação de linhas de crédito a juros baixos.

“Essas empresas vão conseguir parcerias com outros países, não há dúvida disso. Mas elas não vão conseguir fazer isso no mês que vem. Elas vão ter que se readaptar, eventualmente vão ter que importar maquinário, eventualmente vão ter que investir na abertura de novos mercados. Então, nós estamos procurando apresentar um cardápio para o presidente que possa ser utilizado de acordo com a necessidade de cada setor, de cada empresa”, explicou Haddad.

O ministro da Fazenda disse ainda que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está defendendo os interesses norte-americanos, mas destacou que as justificativas em relação ao tarifaço são equivocadas. Isso porque o Brasil importa mais do que exporta para os Estados Unidos e os insumos brasileiros – como carnes, ovos, café, frutas e suco de laranja – ficarão mais caros para o consumidor americano.

“Isso vai encarecer o dia a dia do trabalhador dos Estados Unidos da América e vai, eventualmente, fazer os preços domésticos aqui do Brasil caírem, porque vai aumentar a oferta desses produtos em território nacional”, afirmou.

Inflação

Para Haddad, é possível que, em 2025, a inflação oficial fique abaixo de 5%, e isso poderia acontecer independentemente do tarifaço de Trump. Mas, com o novo cenário de incerteza, parte das exportações podem ser direcionadas para o mercado interno.

“Eu entendo que nós podemos ter uma surpresa na questão da inflação de alimento. Inclusive, eu estou notando isso. Informes que eu estou recebendo do comportamento de preço, daqueles que estão sendo alvo da taxação fora, sobretudo carne, frutas, tem havido uma percepção de que os preços do varejo, agora, estão caindo.”

Congresso Nacional

De acordo com o ministro, muitas das medidas previstas dependem de aprovação do Congresso Nacional, mas ele acredita que o parlamento não vai se furtar a atender os setores que estão sendo mais afetados por essas ações.

“Na minha opinião, não vai faltar apoio do Congresso Nacional, que, inclusive, aprovou a Lei de Reciprocidade. Seria estranho até que um apoio às empresas afetadas não fosse considerado com generosidade pelo Congresso Nacional. É óbvio que o Congresso sempre tem a liberdade de aperfeiçoar, de propor mudanças, como sempre faz, mas eu creio que, diante de uma emergência dessa, não haverá falta de apoio político.”

Haddad, no entanto, aproveitou para criticar a postura da oposição, que estaria atuando contra os interesses nacionais, além de criar obstáculos e atrapalhar as negociações.


Fonte: Rádio Agência Nácional

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