Maranhão vai entregar títulos de terra para trabalhadoras rurais

Maranhão vai entregar títulos de terra para trabalhadoras rurais

Um programa lançado, neste fim de semana, pelo governo do Maranhão, vai permitir que cerca de 2.500 mulheres trabalhadoras rurais adquiram o título de propriedade da terra.

São 224 famílias beneficiadas com o Título Coletivo de Reconhecimento de Domínio Beneficiado à Associação dos Pequenos Agricultores Rurais Quilombolas de Boa Vista, localizado no município de Rosário, distante cerca de 67km da capital São Luís. 

O programa “Terra para Elas” é coordenado pelo Iterma, Instituto de Colonização e Terras do Maranhão.

Além da titulação, serão capacitadas cinco mil trabalhadoras em manejo agrícola integrado à bioeconomia, empreendedorismo e gestão de recursos naturais. Também foram entregues duas mil mudas de açaí, kits de irrigação e assinada uma ordem de serviço para construção de viveiro de mudas para reflorestamento, integrando o “Terra para Elas” ao programa “Floresta Viva”. Na região existe uma floresta preservada de babaçuais, que fornece a matéria prima de trabalho para as Quebradeiras de Coco Babaçu.

A iniciativa integra a política estadual de fortalecimento da agricultura familiar e da autonomia feminina no campo, como explica o Presidente do Instituto, Anderson Ferreira.

“Agora esse chão, essa floresta pertence à comunidade quilombola de Boa Vista. Mulheres do campo que precisam ter a segurança jurídica das suas terras. Afinal de contas essa floresta só fica de pé quando a gente promove o desenvolvimento rural, a geração de renda para comunidade para que elas possam preservar e viver daqui. Então esse é o programa Paz no Campo, juntamente com o projeto Terras para Elas, dando exemplo para o mundo como se faz regularização fundiária e conservação ambiental”.

O projeto  é financiado a partir do Fundo Brasil-ONU para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia, que destinou cerca de R$ 15 milhões para a regularização fundiária. Esse fundo é resultado de uma articulação entre o Consórcio da Amazônia Legal, a ONU Brasil e o Governo Federal, com apoio do Governo do Canadá, que aportou R$ 60 milhões à iniciativa em dezembro de 2024.


Fonte: Rádio Agência Nácional