A ministra do Meio Envolvente, Marina Silva, afirmou que o licenciamento ambiental brasílico sofreu um “golpe de morte” no Congresso, em referência à aprovação pelo Senado, na noite desta quarta-feira (21), das novas regras que flexibilizam as licenças para obras de impacto no país. A fala aconteceu nesta quinta-feira (22), na cerimônia em comemoração ao Dia Internacional da Biodiversidade, na sede do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. No evento, houve o lançamento de ações para fortalecer a proteção dos biomas brasileiros.
“A gente não pode retroceder nem um centímetro, nas agendas que o Brasil já avançou, inclusive do licenciamento ambiental, que agora sofreu um golpe de morte lá no Congresso Vernáculo. E que a sociedade brasileira tenha a oportunidade de dar sustentabilidade política para que o licenciamento ambiental seja mantido. Porque essa é uma linguagem que nós políticos entendemos”.
Durante o encontro, foi anunciada a transferência de R$ 11,2 bilhões de recursos do Ministério do Meio Envolvente para o BNDES, Banco Vernáculo do Desenvolvimento Social. A quantia vai para o Fundo Clima, um dos instrumentos mais importantes na fomentação do desenvolvimento sustentável no Brasil.
Ao participar da cerimônia, a secretária vernáculo de biodiversidade do Ministério do Meio Envolvente, Rita Mesquita, defendeu a maior participação da sociedade no debate sobre as questões ambientais.
“Eu acho que nós temos um enorme compromisso com a ensino das pessoas, com a disseminação de boa ciência, de resultados acessíveis para todos. A gente não pode tratar a biodiversidade uma vez que um tópico de acadêmicos, num círculo fechado, onde ninguém faz a menor teoria do que estamos falando. A melhor maneira de fazer isso é permitir a nossa sociedade que entre com essa biodiversidade”.
O presidente da FINEP, Financiadora de Estudos e Projetos, Celso Pansera, assinou um contrato de R$ 22 milhões com o Jardim Botânico, que serão destinados ao programa Política com Ciência.
Manancial: Rádio Escritório Nácional
