Secretaria de Saúde de Ladário esclarece informações sobre caso citado em investigação de intoxicação por metanol em MS

A Secretaria de Saúde de Ladário esclareceu que não há casos de “Ladário metanol” no município. Autoridades reforçam fiscalização e alertam sobre bebidas adulteradas.

Órgão municipal reforça que não há registro de ocorrência de “METANOL EM BEBIDAS NA CIDADE DE LADÁRIO” e alerta para cuidados com o consumo de bebidas de origem duvidosa.

A Secretaria Municipal de Saúde de Ladário divulgou uma nota oficial esclarecendo informações sobre um suposto caso de intoxicação por metanol noticiado em nas redes sociais e em sites de Mato Grosso do Sul. O episódio, que ganhou destaque com o termo “Ladário metanol”, gerou dúvidas entre moradores após o Ministério da Saúde incluir o município em um boletim sobre casos suspeitos no estado.

Segundo o órgão federal, cinco casos de possível intoxicação por metanol estão sob investigação em Mato Grosso do Sul, três em Campo Grande, um em Rio Brilhante e outro citado como tendo ocorrido em Ladário. No entanto, a Prefeitura de Ladário informou que não há registro local da ocorrência e que o paciente mencionado é morador do município, mas teria apresentado sintomas em outra localidade.

“Não há registro de nenhum caso de intoxicação por metanol ocorrido em Ladário. Todas as ações de vigilância em saúde seguem sendo realizadas de forma contínua, e não há motivo para preocupação entre os moradores”, diz o comunicado da Secretaria Municipal de Saúde.

A confirmação dos cinco “casos suspeitos” foi feita pelo Ministério da Saúde, que acompanha, junto com o Ministério Público Estadual, a intensificação da fiscalização na venda de bebidas alcoólicas. O objetivo é evitar a circulação de produtos adulterados com metanol, substância altamente tóxica que pode causar graves danos à saúde, incluindo risco de morte.

Em Campo Grande, uma das ocorrências investigadas envolve a morte de um jovem de 21 anos, que apresentou sintomas compatíveis com intoxicação após consumir whisky e cachaça comprados em uma conveniência. A Vigilância Sanitária recolheu amostras das bebidas para análise laboratorial.

Diante da gravidade dos casos, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) determinou que bares, restaurantes e supermercados adotem medidas de controle mais rigorosas. Entre elas estão a verificação da procedência das bebidas no momento da entrega, o armazenamento de notas fiscais e imagens de câmeras de segurança, além da comunicação imediata às autoridades em caso de suspeita.

Em Ladário e Corumbá, a Vigilância Sanitária municipal mantém a fiscalização ativa, com orientações aos comerciantes sobre o controle e o recebimento de produtos. A Secretaria reforça que qualquer pessoa que apresente sintomas suspeitos como tontura, visão turva, náusea ou dor abdominal após o consumo de bebidas deve procurar imediatamente a unidade de saúde mais próxima.

O governo estadual informou ainda que foram disponibilizados insumos, como etanol e fomepizol, utilizados no tratamento de pacientes intoxicados por metanol, caso sejam necessários.

Com as investigações em andamento, as autoridades destacam que não há motivo para alarde, mas sim para atenção e prevenção. O episódio evidencia a importância da fiscalização contínua e da comunicação responsável, especialmente em situações que envolvem riscos à saúde pública.