Reprodução/Ponta Porã News
O ataque ocorreu por volta das 18h30, momento em que Victor se encontrava trabalhando em seu local habitual, uma loja situada em uma área comercial da fronteira. Testemunhas contaram que o confronto teve como alvo específico Luis Argüello, apelidado “Anguja”, um indivíduo conhecido na região e hospitalizado atualmente na clínica particular San Lucas, onde permanece sob cuidados médicos intensivos.
As informações iniciais apontam que o tiroteio foi protagonizado por homens armados com fuzis, que abriram fogo contra Luis Argüello, provocando relatos e um ataque intenso que atingiu pessoas inocentes nas proximidades. Victor não fez parte do conflito e foi vítima de uma “bala perdida”. Levado rapidamente à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional, ele sofreu um quadro clínico grave e teve óbito às 2h45 de quarta-feira (22), conforme comunicado do médico plantonista. A causa oficial da morte foi choque hipovolêmico, uma condição caracterizada por perda grave de sangue.
O impacto do caso repercute fortemente na comunidade local, que vive com medo diante da escalada da violência armada na fronteira. Londrina e Ponta Porã, cidades que fazem divisão por essa linha internacional, convivem rotineiramente com episódios de tráfico de drogas, disputas de facções criminosas e tiroteios, que colocam em risco a vida de moradores e comerciantes locais.
Autoridades paraguaias e brasileiras estão em constante colaboração, realizando diligências conjuntas para identificar e prender os suspeitos deste crime que agravou ainda mais a situação de segurança na região. O promotor de plantão, advogado Andrés Cantaluppi, informou que já determinou a liberação do corpo de Victor Manoel Benítez à família, para que seja feito o sepultamento.
Esse episódio lamentável evidencia a necessidade urgente de reforço nas políticas de segurança pública na fronteira entre Brasil e Paraguai, região que é núcleo de diversas ações criminosas. Além do trauma individual e familiar, a morte de Victor traz à tona o desafio constante enfrentado pelas comunidades que vivem à margem dos conflitos armados e pela fragilidade do controle estatal em áreas fronteiriças.
22/10/2025 às 12:11 |Dayane Medina