Mulher é brutalmente assassinada a facadas em Campo Grande: o suspeito tem histórico de feminicídio.

Luana Cristina Ferreira Alves, de 32 anos, foi vítima do 32º feminicídio confirmado em Mato Grosso do Sul em 2025: agressor já havia ocorrência de crime semelhante em outro estado.
Fachada da Deam em Campo Grande. (Foto: Cristiano Arruda)

Na noite de terça-feira, 28 de outubro de 2025, Luana Cristina Ferreira Alves, de 32 anos, foi assassinada a facadas em um crime que chocou Campo Grande, Mato Grosso do Sul. O ataque ocorreu na rua Maicuru, no Jardim Colúmbia, onde a vítima foi ferida no pescoço. Mesmo ferida, ela conseguiu correr até a rua Vaupés, onde buscou ajuda dos vizinhos, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu no local.

De acordo com informações preliminares da Polícia Militar (PM) e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) a vítima apresentava   sangramento intenso quando os socorristas chegaram. O suspeito do crime, Gilson Castelan de Souza, de 48 anos, foi preso em flagrante pela 11ª Companhia Independente de Polícia Militar. Ele confessou a autoria do assassinato e alegou que Luana seria garota de programa, afirmando que houve uma discordância relacionada ao pagamento por serviços sexuais, ou que desencadeou o homicídio.

As equipes policiais isolaram o local para a realização da perícia, conduzidas pela Polícia Civil. Este assassinato configura o 32º feminicídio confirmado no estado em 2025, um dado que evidencia a persistência da violência de gênero em Mato Grosso do Sul.

Gilson Castelan de Souza já possuía prisão preventiva decretada por feminicídio anterior, ocorrido em Várzea Grande, Mato Grosso. Em 2022, ele foi acusado de matar sua ex-mulher, Sibelne Duroure da Guia, de 40 anos, na residência do casal. Naquele caso, Sibelne foi encontrada com múltiplos ferimentos de faca na cabeça e no pescoço. O corpo foi descoberto pelo irmão de Gilson, que acionou a Polícia Militar. A polícia precisou arrombar a porta da casa, onde havia sinais evidentes de luta e sangue espalhados pelos cômodos. Testemunhas relatando ter ouvido gritos durante a noite do crime.

Este histórico grave ressalta o perfil violento de Gilson e o risco que representava para as mulheres próximas a ele. O caso atual leva a reflexão sobre as medidas de prevenção e proteção às vítimas de violência doméstica, além da necessidade de fortalecimento das políticas públicas para combater o feminicídio e a violência contra a mulher.

 

Por PH em 29/10/2025 às 07:42:36