Prefeito de Terenos, Henrique Wancura Budke, é preso em operação do Gaeco

Prefeito de Terenos, Henrique Wancura Budke, é preso em operação do Gaeco

O município de Terenos, localizado a 31 quilômetros de Campo Grande, tornou-se o epicentro de uma grande operação realizada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), na manhã desta terça-feira, 9 de setembro. Entre os alvos está o prefeito Henrique Wancura Budke (PSDB), que acabou sendo preso durante o cumprimento de mandados.

A ofensiva, autorizada pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, envolve dezenas de ordens judiciais. Segundo informações preliminares, são ao menos 16 mandados de prisão preventiva e 59 de busca e apreensão. As ações se concentram tanto em Terenos quanto em bairros de Campo Grande, incluindo residências de empresários, estabelecimentos comerciais e até a sede da Prefeitura. Policiais do Batalhão de Choque participaram da execução.

As investigações indicam que empresas de fachada eram utilizadas para manipular processos licitatórios, com objetivo de desviar recursos públicos. Em alguns casos, contratos teriam sido assinados antes mesmo de as empresas possuírem sede física ou ligação de energia elétrica. Há suspeita de que empresários e agentes públicos dividiam previamente os contratos e valores a serem repassados.

Em nota oficial, a Prefeitura de Terenos confirmou a presença de agentes no paço municipal e declarou que “até o momento, o Poder Executivo Municipal não foi oficialmente comunicado sobre o real motivo da ação”. O comunicado ainda enfatizou que a gestão está colaborando integralmente com as autoridades, fornecendo documentos e informações necessárias para o esclarecimento dos fatos.

Além de comandar o Executivo de Terenos, Henrique Wancura Budke ocupa posição de destaque no cenário político estadual. Ele é o atual secretário-geral da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), eleito em chapa encabeçada pelo prefeito de Itaquiraí, Thalles Tomazelli (PSDB), para mandato até 2027. Também exerce a função de vice-presidente do Consórcio Central MS, que reúne os municípios de Campo Grande, Sidrolândia, Dois Irmãos do Buriti e Jaraguari.

Histórico de suspeitas anteriores

A prisão do prefeito ocorre após uma sequência de investigações que já vinham sendo conduzidas nos últimos anos. Em 2024, o Gaeco e o Gecoc deflagraram a chamada Operação Velatus, que revelou supostas fraudes em licitações milionárias ligadas à Prefeitura de Terenos. Naquele momento, o então secretário de Obras, Isaac Cardoso Bisneto, foi preso em Campo Grande, apontado como integrante do esquema.

Na época, os investigadores constataram que empresas sem experiência eram criadas apenas como fachadas, chegando a assinar contratos mesmo sem possuir sede física ou estrutura adequada. Interceptações feitas pelo Ministério Público mostraram que havia acordos prévios de divisão de contratos e de valores entre os participantes do esquema.

Em maio de 2025, o Ministério Público de Contas conseguiu, junto ao Tribunal de Contas do Estado, a suspensão de contratos da Prefeitura de Terenos por fortes indícios de fraude. A decisão bloqueou pagamentos e impediu novos acordos que pudessem ampliar os prejuízos ao erário. Na ocasião, a gestão municipal afirmou ter instaurado sindicâncias internas e destacou que todos os processos estavam sob fiscalização de órgãos de controle.

Próximos passos

Até o fechamento desta reportagem, o Ministério Público ainda não havia divulgado a lista oficial dos presos nem os objetos apreendidos durante a operação desta terça-feira. A expectativa é de que mais detalhes sejam revelados ao longo do dia, reforçando a gravidade das suspeitas que envolvem a administração municipal.

Fonte: Agência Brasil

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