Foto: Arauco
A empresa chilena Arauco está erguendo em Inocência, no Mato Grosso do Sul, o maior complexo de celulose do mundo construído em uma única etapa, chamado Projeto Sucuriú. Com investimento total de US$ 4,6 bilhões, a planta industrial deve entrar em operação até o final de 2027, trazendo capacidade produtiva anual de 3,5 milhões de toneladas de celulose de mercado, das quais entre 95% e 98% serão exportadas para mercados globais importantes como China, Europa e Estados Unidos.
O projeto representa a entrada da Arauco no setor de produção de celulose no Brasil e tem potencial para transformar uma região em um dos maiores polos mundiais dessa commodity fundamental para indústrias de papeleira e de embalagens. Durante a fase de construção, cerca de 14 mil empregos diretos e indiretos estão sendo gerados, com expectativa de manutenção de cerca de 6 mil postos de trabalho permanentes após o início das operações, distribuídos nas áreas industrial, florestal e logística.
Um dos principais desafios do empreendimento é o escoamento da volumosa produção diária de 9,6 mil toneladas. Para isso, investe em transporte ferroviário com trens especialmente desenvolvidos para carregar fardos de celulose branqueada de eucalipto ao longo de 1.050 km até o Porto de Santos, em São Paulo. A logística ainda considera modais rodoviários e hidroviários como alternativas complementares.
A oferta de matéria-prima para a fábrica é assegurada pela vasta área de cultivo da empresa, que mantém 400 mil hectares de florestas de eucalipto destinadas ao aproveitamento sustentável. A Arauco também enfatiza práticas responsáveis de manejo florestal, comprometidas com a preservação ambiental e o desenvolvimento local.
Para o governo do Mato Grosso do Sul, o Projeto Sucuriú consolida o estado como um dos maiores polos mundiais do setor de celulose, junto com a cidade de Três Lagoas, onde já opera grandes fábricas industriais da Suzano e Eldorado Brasil. Além dos impactos diretos na economia, o empreendimento é visto como um motor de transformação regional, impulsionando infraestrutura, atração de investimentos e geração de riqueza para as comunidades.
O projeto conta com uma forte preocupação ambiental, buscando deixar um legado sustentável, promovendo geração de energia limpa e redução de impactos. A fábrica tem foco em operação com baixo consumo de água e baixas emissões, além de produzir energia renovável suficiente para abastecer instalações e vender excedente para a rede elétrica. O compromisso, reafirmado pela empresa, é com o crescimento estratégico e sustentável da região, com diálogo aberto e participação da população local.






