Setores da indústria e do agronegócio reagem ao tarifaço dos EUA

Setores da indústria e do agronegócio reagem ao tarifaço dos EUA

Setores da indústria e do agronegócio reagiram a confirmação das tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos aos produtos importados do Brasil. A medida começa a valer na próxima quarta-feira, dia 6 de agosto. 

Lista divulgada pelo governo americano deixa de fora da cobrança cerca de 700 produtos. É o caso do suco de laranja, castanhas, ferro, aço, carvão, petróleo, madeira, papel, peças e aeronaves. Mas café, frutas, carnes e pescados não escaparam.

Segundo a Câmara Americana de Comércio para o Brasil, as exceções representam 43% dos produtos exportados pelo Brasil, o correspondente a US$ 42 bilhões.

A entidade, inclusive, manifestou preocupação com o tarifaço e defendeu o diálogo, porque fragiliza as relações econômicas e comerciais entre os dois países e afeta a competitividade. 

A Confederação Nacional da Indústria classificou que o momento exige negociação e não retaliação. 

Alertou ainda que a sobretaxa penaliza de forma significativa a indústria nacional, com impactos diretos sobre a competitividade. 

Já a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes avaliou que a carga tributária total vai ultrapassar 76%, comprometendo a viabilidade econômica das exportações.

O Conselho dos Exportadores de Café afirmou que continuará negociando para evitar a taxação do café, que responde por 16% das exportações brasileiras e representa mais de 30% do mercado norte-americano.

Para a Associação Brasileira das Indústrias de Pescados, a interrupção nas exportações pode gerar uma onda de falências, pois o Brasil é altamente dependente dos Estados Unidos e não há alternativas viáveis de mercado.


Fonte: Rádio Agência Nácional