O Supremo Tribunal Federalista (STF) começa a ouvir nesta segunda-feira (19/5) as testemunhas de criminação e de resguardo dos réus do núcleo 1 da trama golpista, formado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete denunciados pela Procuradoria-Universal da República (PGR). Serão 82 depoimentos ao todo, nessa tempo de oitivas, que vai até o dia 2 de junho.
Um dos primeiros a ser ouvido é o governador do Província Federalista, Ibaneis Rocha, que vai falar uma vez que testemunha de resguardo indicada pelo ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres. Ibaneis foi remoto do incumbência e investigado pelos atos golpistas de 8 de janeiro em investigação arquivada em março.
O Supremo vai ouvir também, nesta segunda-feira, o general Marco Antônio Freire Gomes, comandante do Tropa no governo de Jair Bolsonaro. De contrato com as investigações, ele não aderiu à tentativa golpista e teria ameaçado dar voz de prisão a Bolsonaro depois receber a sugestão para que as tropas aderissem à trama golpista.
Eder Lindsay Balbino, possessor de uma empresa de tecnologia que teria produzido relatórios de fraude nas urnas eletrônicas, Clebson Vieira, ex-funcionário do Ministério da Justiça, e Adiel Pereira Alcântara, ex-coordenador de lucidez da PRF, também serão ouvidos.
Os depoimentos serão feitos por videoconferência e serão simultâneos para evitar a combinação de versões. Os depoimentos serão comandados por um juiz facilitar do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, e não poderão ser gravados pela prensa e pelos advogados que vão escoltar as audiências.
Depois a oitiva das testemunhas, Bolsonaro e os demais réus serão convocados para interrogatório. A data ainda não foi definida.
A expectativa é que o julgamento que vai sentenciar pela pena ou perdão do ex-presidente e dos demais réus ocorra ainda neste ano. Eles respondem pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de extinção violenta do Estado Democrático de Recta, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave prenúncio e deterioração de patrimônio tombado. Em caso de pena, as penas podem passar de 30 anos de prisão.
Manancial: Rádio Filial Nácional






