Voz contra preconceitos: conheça a trajetória de Preta Gil

Voz contra preconceitos: conheça a trajetória de Preta Gil

Filha do cantor e compositor Gilberto Gil com Sandra Gadelha, Preta Maria Gadelha Gil Moreira faria 51 anos em poucos dias, em 8 de agosto. A cantora e empresária deixa um filho, o também cantor Francisco Gil, que é pai de Sol de Maria, de 9 anos. 

Preta nasceu no Rio de Janeiro, dois anos após seu pai retornar do exílio em Londres no período da ditadura no Brasil, mas tem forte ligação com Salvador, onde vive parte da família e amigos. 

Sua ligação com a música brasileira é pontuada não só por ser filha de Gil, sobrinha de coração de Caetano Veloso, afilhada de Gal Costa, prima da cantora Marina Lima. Ela também atuou nos bastidores durante a carreira de vários artistas como produtora, publicitária e empresária, antes de se lançar como cantora e, posteriormente, como apresentadora e atriz. 

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Ela lançou seu primeiro disco, Prêt-à-Porter, em 2003. A capa desse primeiro álbum, onde aparece nua e com partes do corpo cobertas apenas por fitas do Senhor do Bonfim, chamou atenção da mídia nacional. 

No ano seguinte formou o grupo “Tresloucados” ao lado de Davi Moraes e Lan Lanh. Depois foram mais três álbuns de estúdio: “Preta” de 2005; e “Sou Como Sou” e “Todas as Cores “, de 2017.

Ela também participou de trabalhos de outros cantores e bandas, inclusive com o próprio filho, Francisco Gil, na música “Meu Xodó”.

Preta chegou a atuar em várias novelas, como “Agora é Que São Elas” e do remake de “Ti Ti Ti”, da Globo; e “Caminhos do Coração” e “Mutantes”, da Record. Também teve programas no canal Multishow, no GNT e na Band. 

A forte ligação com a música e o carnaval fez a artista ter um bloco para chamar de seu, o “Bloco da Preta”, em 2009. O megabloco desfilava pelas ruas do Rio de Janeiro, e chegou a reunir mais de 750 mil pessoas em 2018.

À medida que suas opiniões, falas e presença no meio cultural foram ganhando força e destaque, Preta passou a ficar na linha de frente em causas como o combate a gordofobia, racismo e a pauta LGBTQIAPN+.

Preta deixou documentada sua história na autobiografia lançada em 2024: “Preta Gil: Os Primeiros 50”.


Fonte: Rádio Agência Nácional